domingo, 28 de outubro de 2012

O olhar

Olhares massificados
Facilidades 
Que trazem dificuldades...
Olhares ousados 
Dificuldades 
Que trazem facilidades...

                                    Elze


terça-feira, 23 de outubro de 2012

O que é isto?


A noite escura e clara é silenciosa... porém matraqueante! Asserena uma gostosa euforia...
Ah, humanos!... Esse estágio tão inquietante!... Seres de diversas ordens
(entenda-se, momentos evolutivos próprios) convivem, produzem, crescem... Mas hoje...
intriga-me a sua "produção"... Defronte a uma sua cria (fascinante), fascinada... emoção! Podem rir do fascínio meu por esse simples objeto reluzente... em meio a tantas obras complexas, também fascinantes, eu o digo... Mas... seria mesmo simples obra, essa libélula furta-cor de criador tão talentoso?... Quem é esse ser que cria (ainda que para venda... pois precisamos subsistir) aparatos para jardins que metamorfoseiam atmosferas... tornando-as mágicas? Pecinhas acrílicas que através da energia solar armazenada... revelam ao escurecer do dia, uma luminescência de cores que se alternam... como se as tornasse animadas... e a noite com ou sem estrelas... pisca em jardins... onde obras humanas e obras naturais entremeiam-se... É obra humana... e isto maravilha-me!... E consigo ver-nos, como potencialmente o somos... Posso visualizar, ao olhá-las piscantes, brilhos que ainda surgirão... através de todas as mãos humanas... que hoje, podem fabricar armas... mas vejo... pelas vidas que lhe virão... aprenderão a criar luz! Um dia... seremos todos capazes... penso eu... de criar tão "simples" artefato... E o fato... maravilha-me... Alivia-me!!! Grata... pela noite tão clara!!!

                 
                                                                                                           Elze

domingo, 14 de outubro de 2012

As cores

Invertem...
Absorvem... exalam...
Suavizam...
Chocam... exaltam...!
Sem cor, a vida
O que seria?
... ... ... ... MONOTONIA...
Cores...
Divertem!

                   
Elze

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A vida... voa... e é boa!

    Detalhe da capa do livro

(Lançamento em breve) pela Editora Lawbook
estará disponível em algumas livrarias e através
do email  elzearrudartes@gmail.com, para compra,
por 25,00 mais frete.
Livro de reflexões
(espiritualidade/matéria)
com um leve toque de humor
filosófico/poético.
Ilustrações coloridas
da autora.
Elze Arruda



domingo, 7 de outubro de 2012

O ser


Ele quer saber
Ele aprende
Ele quer fazer
Ele aprende
Ele quer amor
Ele aprende amor
Ele quer ser
Ele quer
Ele
O ser

                 
               Elze




Mea-culpa (palavras)

Hoje, eu não poderia atrever-me a escolher outro texto, que não um "mea-culpa"!
Se não mostrar-me a mim, como sou... como retratar o mundo... ... verdadeira e artisticamente? (Ainda que surrealisticamente!)...
... Por isso, este texto!
Por completa necessidade!
Situar-me nesse caminho perfeito de erros e acertos... (aprendizados)... quiçá... dar subsídios para que outros me lembrem, se ousar esquecê-lo, da minha óbvia imperfeição (!) ... Ok?
Pensava num texto reflexivo mais fluido, colorido em tons mais suaves, mas esta densidade se me impôs
sabiamente sua presença... Porém, acredito, tem ele sua beleza!
Não é texto filosófico... nem poético ou artístico... é um relato relevante à construção de um ser evolutivo
(como o são, todos os seres):
    "Estava eu, na fase inquieta dos meus 20 anos (e isso se deu há mais de 20 outros anos)... Trabalhando numa agência publicitária que funcionava na casa de um amigo e grande parceiro de arte (ao qual sou e
serei sempre grata por me conduzir aos mundos do desenho computadorizado e consequentemente cibernético)... Tínhamos muita afinidade em nossas diferenças... os sorrisos eram saborosos... e as conquistas, enriquecedoras... ainda que os bolsos não enriquecessem... As dificuldades financeiras nos perseguiam (inflação descontrolada, dinheiro retido nos bancos... não o nosso, pois não o tínhamos!)...
Então, num dia tenso, havíamos perdido um cliente pela primeira vez ( incapacidade momentânea - não acredito em incapacidade permanente- ou falta de afinidade de linguagem, quem o sabe?)... O fato é que o
fato se deu!... E eu, por imaturidade, talvez aliada ao orgulho arranhado, me vi desestabilizada. Tão acostumada a elogios profissionais... escorreguei... escancaradamente!... Eu, que acredito e procuro ver o lado positivo dos fatos e pessoas, me senti envolvida por uma densidade desagradável, obviamente criada por um orgulho infantil. E assim, sem perceber no momento a gravidade do ato, para atingir ou responsabilizar mais alguém pelo meu "insucesso"... conversando, a sós com o amigo, em nossa sala, soltei a frase descabida, propositadamente em voz alta:
-" Ela tem que saber o seu lugar!"
Que frase terrível!... A frase sem lugar...
Ela era irmã do meu amigo e morava com os filhos e marido na mesma casa/agência, que era dividida para tal finalidade. Às vezes, devido a sua personalidade expansiva, entrava na sala de criação quando estávamos com clientes, por vezes, em momentos importantes, e interagia com suas opiniões... e foi o caso desse dia... O fato, é que nós havíamos deixado a situação correr assim... não havíamos fechado a porta... demos essa liberdade à sua ingenuidade... E, apesar d'eu estar me referindo apenas ao ambiente profissional naquela frase... usei as palavras erradas, de forma errada. Falei alto para que as paredes alto-falassem por mim, o que deveria ser feito individual e sensatamente... e com palavras cabíveis. Usei um desconforto anterior mal resolvido, para aliviar um desconforto que somente eu causara... Posteriormente conversamos... ela me falou muito... eu merecia ouvir... e como criança (que eu julgava muito madura) chorei doído pela dor que lhe causara tolamente. Mas não consegui expressar-me. No momento, não percebi que ela não havia percebido que eu dissera o que não pensava...! Palavras mal usadas...!!! Como são perigosas... ... Porém, nos harmonizamos!
Eu tenho um real carinho por ela e admiração por sua alegria... mas notei que ficou um machucado em seu olhar... ... Depois... Eu me casei... mudei de cidade... perdemos contato...
Ocorreu que ouvi, num programa televisivo, dia desses, essa mesma frase! Vi mais uma vez, seu peso!
Neste dia inexplicável... daqueles que nos sentimos acrescidos inesperadamente de uma vontade ou sentimento... senti um desejo fortíssimo de pedir-lhe desculpas, verbalizar sensatamente, reencontrá-la... Porém, eles se mudaram também... Tentei os meios cibernéticos... e não os encontrei... Mas acredito que, naturalmente, a vida aproxima o que deve ser aproximado...
O que ficou, foi uma lição verdadeiramente marcante... embora no momento eu não me apercebesse... ...  E agora, conscientemente, vejo que inconscientemente incorporei à minha personalidade, o cuidado para com a escolha das palavras... e a importância de escolher calar-me em momentos de tumulto interno... Não que sempre o consiga... mas tenho mais cuidado!
Aprendi, isso sim, a não olhar casos isoladamente. Não ter olhar acusador. Uma pessoa infinita, não se mostra num momento apenas, tão finito... tão humano... Somos frágeis em nossa fortaleza psíquica, adensada por tanta matéria... a confundir-nos a estabilidade espiritual... Então, agradeço a esse triste fato,
que acabou por trazer-me de presente, uma facilidade/felicidade perante o perdão... Por isso... por constatar essa tão palpável falibilidade minha... vejo que me é tão fácil perdoar... ou na verdade... compreender apenas... Quando hoje, vejo um ato "contestável", penso em mim, esse ser falível... falível... mas tentando acertar, ainda que não o saiba. E inconscientemente, eu apenas digo em silêncio:
-Tão falível quanto eu!
Que minhas falhas sejam perdoadas... quiçá compreendidas... há um longo e belo caminho a percorrer...
Que eu possa respeitar a arte em toda a sua magnitude... e que ainda que conteste fatos... eu possa imbui-la desse gostoso sentimento que apenas nos acresce... o amor... (entenda-se, ainda que esbravejando... desejar apenas o bem)...
E... lembrando...
PALAVRAS... DIZEM!!!"    
                                          Elze

sábado, 6 de outubro de 2012

Arte

Crescer buscando tintas
Exaltando cores...
... Nas particularidades da vida
Para observá-la e absorvê-la
Multiplamente
Posto que...
Vida/ Arte/ Mente!

                               Elze